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Um Sonho de Doido: O Hospício da Serra do Yayu


Essa noite eu tive um sonho meio amalucado, onde parecia que todos os amigos e figuras lendárias de Santa Luzia haviam se reunido na Serra do Yayu. A aventura começou com a subida da serra, acompanhada de amigos — a maioria deles, pelo menos os que lembro no sonho, são do grupo de WhatsApp Rede Sertão PB. Nosso guia era o amigo “Português Manuel”, que no sonho era sócio de “Zé Mulambo” na padaria da cidade. E que padaria! Embora na realidade ela venda apenas o pão, no sonho era diferente: tinha também café forte e saboroso e o melhor pão com manteiga que já vi. Manuel nos prometeu que, se completássemos a trilha, seríamos recebidos com essa delícia diretamente do forno. Esse convite foi mais do que suficiente para nos motivar na subida!

Na subida, até então, tudo estava tranquilo, até que encontramos “Joyce” andando com sua bicicleta nas costas como se fosse u.a mochila, como quem não queria nada.

— Eu prefiro assim, sem ter que pedalar — disse ela, sem qualquer explicação razoável. Coisa de doido, ou melhor, de doida. Mas isso era no sonho.

Chegamos ao topo e nos deparamos com uma cena pra lá de estranha: a inauguração do "Hospício São Severino de Lendia", fundado e dirigido por ninguém menos que “Luzia de Mauro”. Luzia, sempre com seu estilo elegante, nos recebeu com um sorriso largo e nos convidou para a festa. Como vice diretora, Nena, que também era responsável pelas próteses dentárias dos internos. Lá estava, no palco, uma performance inusitada da "Banda de Doidos". O maestro, em trajes impecáveis, era o próprio "Severino de Lendia" que regia a banda com muita energia, até que o desfecho nos surpreendeu. O "Severino de Lendia", que estava com a batuta, revelou-se de fato o próprio Maestro Chiquito!

— Eu só vim dar a minha contribuição pra nossa cidade, na regência, agora que minha banda tá formada — explicou Chiquito, com a maior felicidade e tranquilidade do mundo.

No meio de tanta confusão, avistamos a "Cintura Fina" e a "Cabra Cheirosa" passeando pelos corredores do hospício que já não era mais na Serra do Yayu, e sim, na casa e Adilson, e que também era o baterista da banda. 

A "Cintura Fina", andando pelos oradores, com suas pernas longas, a sua cabeça batia, lá no teto, que agora, não era mais a casa de Adilson, e sim, o teto da igreja,e ela resmungava algo sobre cuscuz mal-feito com leite e coalhada, enquanto a "Cabra Cheirosa", exalando seu perfume inconfundível, com um pedaço de rapadura na mão, perguntava por seu amante. De repente seu perfume de cheiro forte fez com que todos espirrassem ao mesmo tempo, parecendo até uma melodia ensaiada dentro da própria música que estava sendo tocada. O espirro fazia parte como uma nota musical.

— Aqui ninguém fala mal do meu perfume, senão eu desligo o motor da energia, a luz se apaga e a festa acaba - gritou a cabra, balançando os chifres como muita raiva.

Enquanto isso, na cantina, Socorro e “Iara Licor” estavam preparando, Socorro a comida, e Iara um licor caseiro delicioso que, segundo elas, o licor servido com um delicioso cuscuz com ovo, deixava qualquer assombração tonta.

— Esse licor é mais forte que qualquer calmante — disse “Iara” com um sorriso travesso. 

Do lado de fora, “Klebinho Taxista” e “Suherdo Vidros”, estavam conversando sobre política, dizendo que na próxima eleição, o candidato seria Zezitão.

— Política, meu amigo, é política! — dizia Suherdo, enquanto Klebinho tentava entender o que estava acontecendo com os retrovisores de seu carro que haviam mudado de cor.

A festa seguiu com a presença da jornalista “Janaína Patrícia”, que, aproveitando o evento, lançou seu livro sobre a Mina de Quixeré, enquanto “Jefte de Várzea” e “Gedeão Medeiros” discutiam quem teria as melhores histórias de assombração da região.

Por fim, o esperado café com pão e manteiga apareceu, e a "Banda de Doidos" encerrou a noite com uma versão estranha de “Asa Branca” que fez até as pedras da serra tremerem. Eu acordei rindo, com o cheiro do café ainda na minha cabeça e pensando: será que a Serra do Yayu realmente existe ou é só fruto do cuscuz com ovo de Socorro, e do Licor de Iara,.além, é claro, de um pouquinho de imaginação?

"Eu hoje acordei pensandoNum sonho que eu tive a noiteSentei-me na cama para pensarNo sonho que eu tiveNo sonho que eu tiveNo sonho que eu tiveFiquei tanto tempo pensandoEm tudo que estive sonhandoQue por um momentopensei ser verdadeO sonho que eu tive"

Henrique Melo - Rede Sertão PB 

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